A Psicologia pode contribuir para compreender melhor comportamento delinquente de jovens e desenvolver estratégias para mitigar o impacto negativo sobre eles.

Causas do comportamento delinquente:

  1. Factores biológicos: déficits neurológicos, doenças mentais, podem contribuir para o desenvolvimento de comportamentos problemáticos.
  2. Factores socioeconómicos: pobreza, desigualdade social, falta de oportunidades educacionais e profissionais.
  3. Factores familiares: problemas familiares, abusos ou negligência.
  4. Factores ambientais: exposição a situações de violência, tráfico de drogas, grupo de gangues e outras situações adversas.
  5. Factores psicológicos: deficiência na formação de habilidades sociais, emoções intensas e insuficientes habilidades de resolução de problemas

IMPACTO PSICOLÓGICO:

  1. Trauma e estresse: a experiência da prisão pode causar trauma e estresse crónico, que podem levar a problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e PTSD.
  2. Perda de autoestima: a perda da liberdade e a percepção de ser considerado um “criminoso” podem levar a uma perda de autoestima e autoconfiança.
  3. Desenvolvimento de sintomas psicopatológicos: a prisão pode desencadear ou exacerbar sintomas psicopatológicos, como agressividade, impulsividade e distúrbios alimentares.
  4. Dificuldades para reintegrar-se na sociedade: a experiência da prisão pode tornar difícil a reintegração.

AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO:

A avaliação do comportamento dos jovens delinquentes pode ser realizada por profissionais da área da Psicologia, utilizando técnicas como:

  1. Testes psicométricos: para avaliar as habilidades cognitivas, emocionais e sociais.
  2. Entrevistas: para colher informações sobre a história do jovem, sua família, amigos e experiências.
  3. Observação: para avaliar o comportamento do jovem em diferentes contextos.
  4. Análise de dados: para identificar padrões e tendências no comportamento.

INTERVENÇÕES PSICOLÓGICAS:

Para mitigar o impacto negativo da prisão sobre os jovens, é importante implementar intervenções psicológicas que:

  1. Desenvolvam habilidades sociais: para ajudar os jovens a lidar com conflitos e situações difíceis.
  2. Tratem traumas: para ajudar os jovens a superar experiências traumáticas.
  3. Fortaleçam a autoestima: para ajudar os jovens a reconstruir sua autoestima e autoconfiança.
  4. Desenvolvam estratégias de resolução de problemas: para ajudar os jovens a encontrar soluções para problemas complexos.

Essas intervenções devem ser realizadas em conjunto com outras áreas sociais e educacionais, visando à reintegração do jovem na sociedade após o cumprimento da pena.
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Bibliografia:

  1. **Crespo, C. A. (2018). Psicologia do Delito e da Justiça. Porto Alegre: Artmed.
  2. Lopes, M. H. C. (2015). Psicologia Forense: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Revinter Consultoria Editora.
  3. Silva, M. A. (2017). Psicologia do Desenvolvimento Humano: Do Natal à Adolescência. São Paulo: Atlas.

Artigos académicos:

▪︎ Lopes, M. H. C., & Silva, M. A. (2018). Análise psicológica do comportamento delinquentes juvenis: uma revisão da literatura. Revista Brasileira de Psicologia, 40(2), 147-158.

▪︎ Silva, M. A., & Vieira, J. L. (2017). O impacto da prisão sobre a saúde mental dos jovens: um estudo bibliométrico. Revista de Psiquiatria Clínica, 44(3), 147-154.

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Alcides Piedoso Ferreira Chivangu
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